Finanças pessoais e a virtude do EQUILÍBRIO e da PRUDÊNCIA.

A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada recentemente acerca do nível de endividamento no Brasil mostra que 65,6% das famílias estão endividadas. Outro dado alarmante é que o Brasil possui uma das menores taxas de poupança, tanto pública quanto privada, do mundo. Em 2018, nossa taxa de poupança foi de apenas 15,95% do PIB (119ª posição global), certamente consequência da profunda e longa recessão que o país sofreu, afetando fortemente as finanças das famílias brasileiras. Contudo, este período deve servir de lição para que os brasileiros, que em geral desconhecem conceitos básicos de economia, mercado financeiro e modalidades de investimentos, tenham maior cuidado com suas finanças pessoais.

Primeiramente é preciso estabelecer uma nova cultura financeira entre os brasileiros e, para isso, vale aplicar a filosofia. Existem dois pilares centrais que as famílias precisam considerar ao administrarem suas finanças. São eles: EQUILÍBRIO e PRUDÊNCIA e para compreender melhor, vamos então aos conceitos da filosofia.

Aristóteles, há 2.300 anos, defendia que a VIRTUDE está em conseguir manter-se no meio-termo, ou seja, quando alcançamos o equilíbrio das nossas ações, nada nem demasiado, nem muito pouco. O famoso psicólogo canadense, Jordan B. Peterson também defendeu uma ideia similar em seu best-seller “12 Regras para Vida: Um antídoto para o caos”. Para ele, as pessoas devem viver entre a ordem e o caos. Peterson define o caos como o domínio da ignorância, enquanto a ordem, o local onde nossas expectativas e desejos são atendidos. Na vida financeira também devemos ter as mesmas concepções de Aristóteles e Peterson. Parte do nosso recurso deve ser utilizado para consumir bens e serviços necessários para nossa sobrevivência, como também para satisfazermos nossos desejos pessoais. A PRUDÊNCIA deve estar sempre neste balanço, pois vivemos em um país com constantes crises e transformações políticas, econômicas e sociais. Logo, devemos desenvolver uma cultura de poupança e investimentos para evitar que o caos tome conta das nossas vidas em períodos difíceis.

​Talvez seja difícil convencer uma parcela da população a conter o desejo de consumo em um momento de recuperação econômica como o que o nosso país se encontra hoje. Porém, esta é a hora mais oportuna para refletir e reorganizar a vida financeira, pois, são nos momentos de bonança que os sábios se preparam para um futuro de borrasca.

​Para as pessoas que decidirem entrar no caminho do EQUILÍBRIO e da PRUDÊNCIA financeira, todo o cuidado é pouco na escolha da modalidade de investimentos. Hoje, o Brasil apresenta indicadores macroeconômicos favoráveis para a econômica, contudo, para os rentistas a situação está mais complicada. Em novembro e dezembro de 2019 os juros reais foram negativos e com este cenário, para poder lucrar no mercado financeiro é preciso investir em ativos com maior rentabilidade, mas que por outro lado oferecem maior risco. Por isso, aqui cabe a PRUDÊNCIA de utilizar estratégias para ter ganhos acima da inflação e mitigar os riscos, sendo que a diversificação dos investimentos é uma delas. Afinal, nunca devemos manter todos os ovos na mesma cesta.

Para manter um EQUILÍBRIO é preciso poupar e investir. Se você investir em um ativo com juro real de 5% ao ano, em 14 anos seu investimento dobrará de valor em termos reais. Esta é a “mágica” dos juros compostos que você também pode fazer parte.

​Em última análise, a estabilidade financeira é essencial para a vida pessoal. Ela pode reduzir a ansiedade, melhorar nosso padrão de vida no futuro e nos prevenir dos sofrimentos que momentos de crise possam gerar. É preciso mudar a cultura e praticar os dois PILARES sugeridos nas finanças pessoais. Vivemos em tempos de transformações constantes e devemos estar preparados para quaisquer adversidades. Precisamos planejar o futuro com o intuito de preservar nossa condição financeira e evitar o sofrimento que dívidas, desemprego e crises econômicas possam causar. 

 Autor:  JOÃO VICTOR DA SILVA

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