Você sabe o que é BPO e como ele impacta na contabilidade?

   

         A tendência global de transferir atividades administrativas para serem realizadas por outras empresas está em alta também no Brasil. A prática se resume a três letras: BPO. BPO significa Business Process Outsourcing ou, em bom português, terceirização dos processos de negócios. 

         Trata-se, portanto, da prática de terceirizar determinadas atividades, funções e processos que não fazem parte do core da empresa para que sejam executadas por especialistas. Atividades relacionadas a recursos humanos, marketing, contabilidade e assessoramento jurídico são exemplos do que costuma entrar na estratégia de BPO.

         O BPO é um modelo de gestão muito comum em empresas que estão em ritmo acelerado de crescimento. Em geral, negócios de menor porte começam suas atividades com uma equipe bem reduzida e os próprios sócios é quem respondem por atividades e processos que fazem parte da cadeia de produção, mas não se relacionam diretamente com o seu produto. É o caso da área financeira, do estoque e da gestão de pessoas, por exemplo. 

         À medida que o negócio cresce, no entanto, as atividades internas também passam a exigir mais. E o empresário deixa de ter condições de fazer tudo que fazia antes, pois passa a se dedicar totalmente à atividade-fim do negócio – aquela que faz o dinheiro efetivamente entrar em caixa. É neste momento que a atuação do BPO surge como uma boa alternativa. 

         Diferente da terceirização propriamente dita, o BPO é um modelo de gestão que demanda mais expertise e conhecimentos técnicos mais específicos sem a necessidade de ter um time full-time. A contratação, portanto, se dá por meio de serviços altamente especializados em determinada área, o que não necessariamente acontece com uma terceirização comum.

         Além disso, o BPO está focado em atividades muito mais complexas, já que envolvem a gestão e administração do negócio. 

         Por que o BPO vale a pena?

         A atuação do BPO pode trazer benefícios que vão muito além de permitir ao empreendedor focar no core business do negócio. Por exemplo:

  • redução de riscos;
  • redução de custos operacionais;
  • garantia da conformidade legal da empresa;
  • melhoria na execução dos processos internos;
  • diminuição nas despesas com pessoal, estrutura física e administrativa e softwares.

         Em meio a este cenário, no entanto, uma coisa é certa: o BPO depende das inovações tecnológicas para se tornar competitivo ao mercado e responder aos crescentes desafios corporativos. É imprescindível que os profissionais façam uso de sistemas, softwares, técnicas e ferramentas que auxiliam na automação dos processos, desde a gestão até o processamento em si. 

         Não é por acaso, portanto, que o BPO virou uma tendência em crescimento no país. Afinal, é uma estratégia segura para o empreendedor se dedicar sem preocupação à atividade-fim do seu negócio, ao mesmo tempo em que reduz os custos e se mantém em conformidade com a legislação em vigor. Ao adotar essa prática, ele otimiza tempo e recursos, tudo que é importante para o crescimento saudável de um negócio.