Como e por quê planejar a aposentadoria desde cedo
É difícil pensar na velhice quando se é jovem. Mais difícil ainda é fazer planos para esta fase da vida. Afinal, pensar no agora e nas necessidades mais imediatas parece ser bem mais sedutor do que no futuro que está lá na frente – e que nem sabemos se vai mesmo chegar. No entanto, o amanhã chega e, com ele, a necessidade de ter uma aposentadoria para oferecer uma vida mais tranquila depois de tantos anos de trabalho.
É por isso que pensar na aposentadoria desde cedo é tão importante. Principalmente pelo retorno e conforto que ela é capaz de proporcionar na hora que a velhice chegar. Quanto antes a pessoa começar a investir, maior será o retorno que virá depois. Por outro lado, quanto mais se adia esse planejamento, mais chance a pessoa terá de ter que lidar com situações difíceis.
Portanto, para que os recursos atuais sejam transformados em um patrimônio maior lá na frente, não tem outro jeito: é preciso pensar no futuro desde cedo.
A maneira mais tradicional de se aposentar é por meio de contribuições para a Previdência Social. Ou seja: a previdência pública, financiada pelo governo federal. A contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão do governo responsável pelo pagamento da aposentadoria e outros benefícios, é obrigatória para todos os trabalhadores brasileiros que atuam na iniciativa privada. Para quem é servidor público, a regra é outra: o vínculo é com um regime próprio de previdência, que pode ser federal, estadual e municipal.
No entanto, é importante que este não seja o único caminho. Afinal, depender do INSS, hoje, é muito arriscado. E a recente Reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103), em 2019, confirma isso. A nova lei trouxe regras e requisitos mais rigorosos para a obtenção dos benefícios e valores menos vantajosos para a aposentadoria. E nada impede que novas normas, ainda mais rígidas, sejam adotadas futuramente.
Como funciona a aposentadoria pelo INSS
Todo trabalhador que exerce algum tipo de atividade remunerada na iniciativa privada é um contribuinte obrigatório do INSS. Nessa modalidade (previdência pública), ele paga um valor mensal ao INSS, ao longo de toda a vida profissional, até que o tempo de contribuição exigido para se aposentar seja alcançado.
Essa quantia, que serve como contribuição, é descontada automaticamente pelos empregadores na folha de pagamento e repassada ao INSS. No entanto, para que a aposentadoria possa se consolidar, não basta somente o tempo de contribuição. É preciso que a pessoa também preencha todos os requisitos legais exigidos pela legislação, como carência e idade, por exemplo.
A contribuição para o INSS, no entanto, não serve só para conquistar a futura aposentadoria. Esse vínculo também funciona como uma espécie de seguro social, como diz o próprio nome. Quando alguém precisa se ausentar do trabalho por motivos de doença, acidente ou nascimento do filho, por exemplo, o INSS repassa um “salário” mensal para ajudá-lo a se sustentar neste período, seja ele empregado com carteira assinada ou autônomo.
Porém, a previdência pública na maioria das vezes não é suficiente para garantir um futuro tranquilo. Há muitos aposentados, hoje, que continuam ativos no mercado de trabalho para obter uma renda extra no fim do mês e complementar a aposentadoria, pois o valor pago pelo INSS não consegue nem cobrir as despesas mensais mais básicas.
Por isso, é cada vez mais recomendável que os trabalhadores busquem outras formas de investimento.
As opções para complementar a contribuição ao INSS
Para não depender só do INSS, uma alternativa para complementar os rendimentos futuros é investir na previdência privada. Trata-se de uma espécie de aposentadoria extra, que não possui nenhum vínculo com o INSS ou com o governo e, diferente da previdência pública, não é uma contribuição obrigatória. Ela só existe se o trabalhador optar por ela.
Além disso, também é o próprio trabalhador quem dita as principais regras: como investir, onde investir e quanto investir por mês – podendo, inclusive, paralisar as contribuições em períodos de aperto financeiro. Existem diversos planos diferentes disponíveis no mercado e é possível escolher aquele que mais se encaixa nas necessidades de cada um.
Quem investe na previdência privada também faz pagamentos mensais, tal como acontece na previdência pública. O valor, no entanto, não é fixo, nem possui um mínimo. Eles são fixados pelo próprio trabalhador, em valores que estão dentro das condições de cada um, e podem variar ao longo do tempo. Quem deseja uma aposentadoria mais precoce, por exemplo, terá que fazer contribuições maiores todos os meses para conseguir um valor mais adequado. É possível também fazer aportes de valores maiores durante o período de contribuição, caso a pessoa deseja aumentar o saldo.
O fato é que todo esse montante vai acumulando ao longo dos anos e formando um fundo de reserva que, junto com o rendimento por juros e correção monetária, servirá como fonte para o pagamento dos salários que a pessoa receberá posteriormente, como aposentada. Em geral, esse valor se torna um complemento ao da previdência pública, aquele que o trabalhador também receberá do INSS depois de aposentado. No caso, um não invalida o outro.
Comece a pensar na aposentadoria desde já
Como é possível perceber, não há muito segredo para garantir uma vida mais tranquila quando a velhice chegar. Quanto mais tempo de contribuição e investimento, maior poderá ser o patrimônio acumulado e o retorno financeiro garantido na aposentadoria.
Por isso, se você ainda é jovem, busque se informar sobre as opções existentes. Afinal, cada dia que passa é um dia a menos para a aposentadoria. Se você já trabalha, mas mora com os pais, não se acomode. Aproveite que as obrigações financeiras ainda são mais leves e comece a poupar. Com certeza, no futuro, você se sentirá feliz pelas opções que fez na juventude.
Reforma Tributária: veja a 7ª e a 8ª edição do informe produzido pela RNC
Reforma Tributária: veja a 7ª e a 8ª edição do informe produzido pela RNCA RNC – Rede Nacional de Contabilidade – montou um Grupo de Trabalho da Reforma Tributária com o intuito de acompanhar todos os passos da Reforma e produzir e compartilhar conteúdos sobre o...
Lavagem de dinheiro: Você sabe quem está enquadrado às pessoas sujeitas ao mecanismos de controle?
Lavagem de dinheiro: Você sabe quem está enquadrado às pessoas sujeitas ao mecanismos de controle?Você sabe quem está enquadrado às pessoas sujeitas ao mecanismos de controle, conforme definido no Art. 9º da Lei 9.613 de 1988? A redação do Art. 9º em seu preâmbulo...
Reforma Tributária: veja a sexta edição do informe produzido pela RNC
Reforma Tributária: veja a sexta edição do informe produzido pela RNCA RNC – Rede Nacional de Contabilidade – montou um Grupo de Trabalho da Reforma Tributária com o intuito de acompanhar todos os passos da Reforma e produzir e compartilhar conteúdos sobre o avanço do...