9 indicadores financeiros que as empresas devem monitorar

      

Os indicadores financeiros ganham cada vez mais espaço e importância na vida das corporações. Especialmente depois que uma pandemia escancarou o quanto fatores externos podem influenciar no crescimento ou no fracasso de uma empresa.

Independentemente do cenário, eles detêm papel fundamental na empresa por serem capazes de produzir informações que revelam a saúde financeira do negócio. É a partir destes números que o empreendedor consegue traçar estratégias de compras de longo ou curto prazo, captar dinheiro ou, até mesmo, segurar faturamentos que podem empurrar a margem de lucro para baixo, por exemplo.

No entanto, é importante não focar a análise e a tomada de decisões apenas no que dizem os relatórios, mas também considerar o contexto onde esse resultado está inserido. Segundo a sócia e responsável técnica da Orsitec, Monique Andrade Nunes, é preciso levar em conta também o comportamento do mercado e comparar os indicadores financeiros com os de outras empresas do mesmo ramo. 

“Os indicadores financeiros dão uma visão da organização como um todo, principalmente da sua saúde financeira. Eles não se limitam só ao aumento ou à redução do faturamento, pois não são os únicos pontos que afetam o resultado”, explica.

Ao analisar esses números, é possível identificar os pontos fortes e fracos do negócio, corrigir os erros e pensar em estratégias para a sua melhora. Para Monique, manter uma frequência desse levantamento permite, ao empreendedor, entender o mercado e suas variáveis e ter uma percepção mais clara sobre a melhora ou piora dos setores. Além disso, ele também pode acompanhar mais de perto a maneira como vem sendo conduzida a gestão, o que auxilia muito na tomada de decisões.

9 indicadores financeiros importantes para as empresas

Existe uma gama imensa de indicadores financeiros que ajudam a avaliar a gestão de um negócio. Neste post, a sócia e responsável técnica da Orsitec, Monique Andrade Nunes, elenca os 9 mais importantes para uma empresa, por serem capazes de demonstrar a saúde financeira do negócio e dar suporte às decisões mais significativas.

  1. Margem bruta

Os indicadores financeiros de margem bruta indicam o percentual de ganho que a empresa incorpora sobre cada venda ou serviço faturado. O cálculo evidencia a operação limpa, sem considerar as despesas desembolsadas pela empresa de forma geral. Para isso, ele considera as informações fornecidas pela Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) que envolvem o lucro bruto dividido pela receita total e multiplicado por 100. Ao analisar o resultado dessa margem por operação, os gestores conseguem detectar qual atividade ou qual produto é mais vantajoso para a empresa, auxiliando na tomada de decisões sobre o negócio.

  1. Margem líquida

A margem líquida revela o lucro líquido da empresa em relação à sua receita total. Ou seja: mostra a margem real da operação como um todo, considerando todas as suas funcionalidades, despesas e custos necessários. Esse dado ajuda os gestores a analisar se a atividade compensa em relação ao retorno que recebe. Para tanto, as informações também são extraídas da DRE, que seria o lucro líquido dividido pela receita total e multiplicado por 100. 

  1. Ebitda

O Ebitda é um dos indicadores financeiros mais consistentes para análise de resultado. Isso porque não exclui despesas necessárias, mas também não considera aquelas que fazem parte da empresa e poderiam não existir. Além disso, ainda elimina resultados unicamente financeiros. 

A sigla remete à expressão Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que, traduzido para o português, significa Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações. 

O Ebitda, portanto, demonstra exatamente o resultado da empresa como um todo. Inclui receitas, custos e despesas e exclui as depreciações, despesas e receitas financeiras. Ou seja: revela o resultado propriamente dito da operação, indicando se ela é rentável ou não ou, então, se é rentável apenas por levar em consideração outros fatores. Para o cálculo desse indicador considera-se o Ebitda dividido pela receita total multiplicado por 100.

  1. Liquidez corrente

A liquidez corrente é o indicador que considera a continuidade da operação, demonstrando a capacidade da empresa de fazer pagamentos a curto prazo. O cálculo tem como base o balanço patrimonial e considera também os valores de ativo circulante (considerando estoque) sobre o passivo circulante. Se o resultado for maior que 1, então a empresa tem condições de honrar todas as suas dívidas de curto prazo.

Além disso, também é possível calcular a capacidade da empresa em honrar as dívidas sem considerar os estoques. Para tanto, deve-se fazer o mesmo cálculo, mas deduzindo o estoque do ativo circulante. Neste caso, o índice recebe o nome de liquidez seca.

  1. Participação de capital de terceiros

A participação de capital de terceiros é o indicador que demonstra quanto a empresa utiliza de capital de terceiros para cada real de capital próprio. Quanto menor for esse número, melhor. Afinal, quanto menos a empresa depender de dinheiro externo, mais independente ela será. 

O cálculo se dá pela soma do passivo circulante com o passivo não circulante, dividido pelo passivo total (considerando o patrimônio líquido).

  1. Dependência bancária

Os indicadores financeiros de dependência bancária medem o grau de dependência do capital próprio da empresa com instituições financeiras. O cálculo é feito com base no valor das dívidas que o negócio possui com empréstimos bancários dividido pelo patrimônio líquido. Quanto menor for esse número, melhor. 

Ainda assim, é importante fazer uma análise financeira a respeito dos motivos do empréstimo – principalmente se o dinheiro for utilizado para alavancar o negócio, ou investir em mais algum nicho. Por isso, cada empréstimo deve estar sempre embasado em estudos e planejamentos.

  1. Giro do ativo

O giro do ativo analisa a dinâmica da empresa, medindo o total das vendas líquidas com o total de recursos investidos. Ou seja: ao demonstrar quantas vezes o ativo girou no período, o indicador aponta a eficiência do negócio no uso dos ativos.

O cálculo tem como base a DRE e o balanço patrimonial, considerando a receita operacional líquida sobre o ativo total. Assim, quanto maior for o resultado, melhor é para a empresa.

  1. Prazo médio de renovação de estoques

O prazo médio de renovação de estoques é o indicador que informa quantos dias, em média, a empresa leva para renovar todo o seu estoque. O cálculo é feito pelo estoque médio sobre o custo dos produtos vendidos. O ideal é que o resultado seja o menor possível. Isso porque um estoque muito elevado, por exemplo, significa que a empresa está com o “valor parado”. Ou seja: sem giro, sem render. 

Com base nesse resultado, a empresa pode traçar estratégias para evitar problemas desta natureza, mas é sempre importante avaliar cada situação, pois, às vezes, um estoque de alta quantidade pode ser positivo para o negócio. É o que acontece quando a empresa precisa garantir matéria-prima escassa ou, então, adquirir mais lucros com uma promoção, por exemplo. 

  1. Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio, embora pouco utilizado de forma contábil, é o indicador que evidencia o faturamento necessário para que a empresa não tenha prejuízo. Na prática, ele demonstra quanto o negócio deve gerar de faturamento para conseguir quitar todos os seus custos e despesas incorridas e, com isso, começar a gerar lucro. Este seria, portanto, o ponto de equilíbrio da empresa. 

O cálculo deste indicador envolve a soma dos custos e as despesas fixas, divididos pela margem de contribuição. Para chegar à margem de contribuição é preciso fazer o cálculo das receitas subtraído pelos custos e despesas variáveis. 

Como é possível perceber, a principal característica dos indicadores financeiros é demonstrar a saúde financeira da empresa. São eles que revelam informações importantes do negócio e contribuem para ajudar empreendedores a desenvolver metas e um planejamento futuro. Por isso, é tão importante analisar os números, compará-los com os de outras empresas do mesmo ramo e traçar estratégias e metas consistentes e alcançáveis. Tudo isso, afinal, ajuda a fortalecer o seu negócio. 

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