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Depois de um período complicado de pandemia, o sufoco parece estar, aos poucos, ficando para trás. Algumas atividades econômicas, ligadas a importantes setores, já começaram a mostrar sinais de recuperação nos últimos meses de 2021. E algumas pesquisas vêm mostrando isso.

Esses estudos, neste momento, funcionam como um termômetro econômico e são um importante indicativo de como os setores vêm se comportando nos últimos tempos. E, com base nisso, as perspectivas futuras são otimistas.

Embora os efeitos da crise sanitária ainda estejam por aí, a tendência de retomada de empregos já começou. Além disso, um importante impulso vem pela frente: a temporada de verão que se aproxima. Junto com a chegada de 2022, a estação do calor e das férias deve ser uma das melhores dos últimos dois anos. 

Neste post, reunimos as principais pesquisas nacionais que apontam como a economia brasileira vem se recuperando no pós-pandemia. Os resultados positivos demonstram uma tendência crescente que deve se consolidar ainda no fim de 2021.

Atividades econômicas: como está o setor de comércio e serviços?

O comércio e o serviço estão entre as atividades econômicas que mais cresceram no primeiro semestre de 2021. O ranking está ligado a pequenas e médias empresas (PMEs) e considera o faturamento de 65 mil negócios brasileiros. Quem aponta é o Índice de Atividade Econômica de PMEs (IAE) da Omie, plataforma líder em gestão (ERP) na nuvem do Brasil.

Segundo a pesquisa, o faturamento médio das PMEs apresentou uma alta de 9% no 2º trimestre de 2021 em relação aos três primeiros meses do ano. A indústria e o varejo, no entanto, apresentaram estabilidade neste período. E a área de infraestrutura de PMEs foi a que mais sofreu no primeiro semestre de 2021: houve queda de 28% no 2º trimestre em relação aos primeiros três meses do ano. 

Na contramão disso estão o agronegócio, os serviços e o comércio. O primeiro lugar é ocupado pelo agronegócio, que avançou 73% nos três primeiros meses do ano e tem boas perspectivas futuras.

O setor de serviços, um dos mais afetados pela pandemia, vem logo atrás, com crescimento de 59%. E o cenário é otimista, pois o retorno à normalidade representa um espaço muito grande para a recuperação desse segmento.

As atividades econômicas ligadas a esportes, recreação e lazer foram os maiores destaques das PMEs que trabalham com este segmento. A pesquisa apontou que o faturamento médio mensal dessas empresas cresceu 181% no 2º trimestre de 2021 em comparação com os três primeiros meses do ano.

Em seguida vem o comércio, que teve alta de 53% no 2º trimestre. Os maiores efeitos foram sentidos pela área de comércio e reparação de automóveis e motocicletas. 

Retomada de empregos

Os empregos não ficam de fora nesta retomada das atividades econômicas no Brasil. Eles acompanham esse crescimento e ajudam a dar um fôlego extra ao retorno da normalidade pós-pandemia. E os pequenos negócios estão entre os principais responsáveis por esta alta.

Estima-se que 72% dos empregos gerados no país entre julho de 2020 e julho de 2021 vieram de pequenos negócios, segundo apontou uma pesquisa do pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) feita com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Isso representa mais de 2 milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada. Esse número é quase três vezes maior do que nas médias e grandes empresas. No mesmo período de 12 meses, elas contrataram pouco mais de 717 mil trabalhadores. 

As micro e pequenas empresas, por sua vez, apresentaram resultado positivo em todas as atividades econômicas, diferente do que aconteceu nas médias e grandes. Quem esteve à frente de todo este aumento foi o setor de serviços. Apesar das graves consequências sofridas durante a pandemia, o segmento está conseguindo se reerguer e criou 87,2 mil novas vagas só em junho de 2021. Logo atrás vem:

  • comércio (com 63,2 mil novos empregos);
  • indústria da transformação (30,9 mil);
  • construção civil (26,4 mil);
  • agropecuária (5,9 mil). 

Previsão de crescimento das atividades econômicas também no PIB

A retomada das atividades econômicas brasileiras vem acompanhada também pelas boas perspectivas envolvendo o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê o crescimento do PIB em 4,8% para 2021, considerando principalmente o desempenho dos números nos últimos meses. Além disso, a previsão também é boa para 2022. No próximo ano, a tendência de crescimento deve se manter, operando uma alta de 2%, segundo as previsões.

O bom desempenho que o setor de serviços vem apresentando nos últimos tempos, por exemplo, deve ser o grande impulsionador dessa evolução no PIB. E o próprio avanço da vacinação é o que oportuniza esse crescimento.

Enfim, um respiro de alívio na retomada das atividades econômicas depois de tantas baixas acumuladas desde março de 2020.