Diversidade nas empresas: a importância, as vantagens e os desafios

      

Em 2016, o Fórum Econômico Mundial divulgou um alerta preocupante: seriam necessários 95 anos para que mulheres e homens atingissem situação de plena igualdade no Brasil, caso o mundo continuasse no ritmo que estava. Pouca coisa mudou desde então. E quando adentra no mundo corporativo, o assunto também não é muito diferente. O Brasil está longe de ver mais diversidade nas empresas.

A passos lentos, o mundo vem buscando se adaptar. Muitas marcas e negócios têm se reinventado e, aos poucos, vêm mudando o olhar e o seu posicionamento público. Já perceberam que trabalhar a diversidade, a inclusão e a igualdade de gênero traz melhores resultados e gera uma maior identificação com públicos diversos. 

Ainda assim, a resistência é grande e os dados desanimadores. As minorias continuam sendo minorias em grande parte das equipes de trabalho. 

A importância da diversidade no ambiente de trabalho

Não há dúvidas de que um ambiente multicultural, diverso e inclusivo traz inúmeros benefícios para uma empresa. E são os números que mostram isso. Por exemplo:

  • reduz os conflitos em até 50%, segundo uma pesquisa da Harvard Business;
  • aumenta o engajamento e a disposição dos colaboradores em 17%, segundo a mesma pesquisa da Harvard Business;
  • aumenta os rendimentos em 35%, segundo um levantamento da McKinsey & Company;
  • aumenta as chances de lucro em 15, segundo a mesma pesquisa da McKinsey & Company;
  • performa melhor do que empresas com menos diversidade, segundo a consultoria americana Gartner;
  • faz o desempenho dos colaboradores aumentar até 83%, segundo um estudo divulgado pelo portal australiano My Business.

Ao acolher as diferenças, a empresa consegue melhorar o clima organizacional e, inclusive, diminuir as possibilidades de turnover. A união de diferentes experiências, personalidades, pensamentos, conhecimentos e métodos de trabalho tendem a aumentar a criatividade e o espírito de humanidade no ambiente. Os colaboradores se sentem mais livres para criar ideias, projetos e estratégias mais ousadas, desenvolver novos produtos e serviços ou responder aos problemas de forma mais inovadora os problemas e necessidades dos clientes. 

Afinal, pessoas diversas tendem a trazer ganhos culturais e ampliar a visão de mundo de toda a equipe. E a empresa, por sua vez, passa a ter uma boa visibilidade no mercado, fazendo com que um público ainda maior se sinta representado pela marca. 

Os desafios de investir em diversidade nas empresas

Investir na diversidade nas empresas, no entanto, não é tarefa fácil. Pelo contrário: é um desafio e tanto. 

Abrir as portas da organização para a diversidade vai além de apenas contratar profissionais de variados gêneros, religiões, etnias, origens, crenças e classes sociais. É necessário que todo o ambiente esteja adequado para a chegada dessas pessoas, seja em relação à estrutura física, seja no posicionamento de todos os colaboradores. 

A diversidade e o respeito não deve ser uma aposta temporária ou, então, se limitar a uma propaganda teórica. Eles devem fazer parte da cultura do negócio. A empresa deve estar preparada para, por exemplo, combater quaisquer episódios de preconceito (mesmo aqueles invisíveis) que, muito provavelmente, já estavam naturalizados no ambiente. E isso inclui não só os colaboradores internos da empresa, mas também todos os stakeholders com quem ela se relaciona – prestadores de serviço, fornecedores e clientes, por exemplo.

Por isso, um dos primeiros passos é elaborar ações e programas de conscientização, assim como políticas internas rígidas de combate ao preconceito e à discriminação.

E não apenas isso. A empresa também deve providenciar adaptações físicas para receber colaboradores com deficiência, sejam eles cadeirantes, surdos ou cegos, por exemplo. Essa inclusão já deve começar desde o processo seletivo, com entrevistas adaptadas à deficiência do candidato.

A contratação de PCDs não pode ser encarada apenas como uma obrigatoriedade legal devido à vigência da Lei nº 8.213/91. 

A diversidade nas empresas e os cargos de liderança 

A diversidade nas empresas não se dá só por meio da contratação. Ter mulheres, negros, LGBTQ+ e pessoas com deficiências em cargos de liderança é imprescindível para consolidar a organização como inclusiva.

As empresas precisam estar à frente de ações e políticas que lutam para mudar a realidade das minorias no país. É preciso derrubar aquele imaginário popular de que apenas pessoas que se enquadram dentro dos padrões de maioria estão aptas a ocupar cargos de liderança. 

Também é preciso dar fim a estatísticas que apontam o baixo índice de mulheres, negros e outros representantes das classes minoritárias em posição executiva. Ou, então, que revelam a desigualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. E, ainda, a ausência de pessoas com síndrome de down que passam a vida isoladas por não serem aceitas em escolas e, mais tarde, também no mercado de trabalho.

É urgente enxergar o quanto a diversidade ajuda a empresa a crescer. Quando ela passa a fazer parte da cultura corporativa, as particularidades que definem cada pessoa passam a refletir também nos resultados. O negócio dá um salto de qualidade e competitividade. 

A diversidade nas empresas é urgente e também necessária. Não só para promover a igualdade, como também para combater as mais diversas formas de preconceito e discriminação. E nós, da Orsitec, apoiamos essa iniciativa.