5G no Brasil: veja as mudanças que a nova tecnologia trará
Em julho, Brasília se tornou a primeira capital do país a receber a nova tecnologia 5G, que promete oferecer muito mais velocidade do que a atual. O prazo de implantação em todas as capitais brasileiras, que era até 31 de julho, foi prorrogado pela Anel para 29 de setembro devido a dificuldades logísticas na importação dos equipamentos. Já o prazo para o 5G chegar em todas as cidades no Brasil é até dezembro de 2029.
Mas, a chegada dessa nova tecnologia tem despertado questionamentos por parte dos usuários. Dúvidas como se o 4G deixará de existir, o que ele trará de melhorias, se será mais caro e se funcionará em todos os celulares ou se é preciso adquirir um compatível são apenas algumas que rondam os consumidores.
Neste post traremos alguns esclarecimentos sobre as principais perguntas.
O 5G é a nova geração de internet móvel, que promete trazer mais velocidade no envio e recebimento de arquivos, além de tornar as conexões mais estáveis e reduzir o tempo de resposta entre diferentes dispositivos.
Mas, na prática, o quanto o 5G é mais veloz do que o 4G?
A média de velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo, que representa 1 milhão de bits por segundo), sendo que uma conexão 4G com excelente performance chega em torno de 100 Mbps. Já o 5G pode atingir uma velocidade entre 1 e 10 Gbps (gigabits por segundo, que representa 1 bilhão de bits por segundo). Ou seja, uma melhora muito significativa. Um exemplo prático para ilustrar essa diferença de velocidade entre as conexões seria o tempo para baixar um filme no tamanho de um disco Blu-ray, equivalente a 25 GB. Enquanto no 4G o usuário teria que esperar em torno de 35 minutos para baixar o arquivo – considerando a velocidade de 100 Mbps, com o 5G o download aconteceria em apenas 21 segundos – considerando a velocidade de 10 Gbps.
As melhorias que o 5G possibilitará em termos de velocidade, tempo de resposta e confiança nas redes prometem trazer avanços também em outras aplicações tecnológicas, como na telemedicina, nos carros autônomos e na indústria 4.0, por exemplo. Algumas dessas aplicações já existem hoje, mas serão muito mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo. Além disso, as experiências com videochamadas, jogos on-line e transmissões de vídeo ao vivo também devem se tornar muito melhores, mais claras e com muito menos risco de travar ou perder sinal.
Para usufruir dos benefícios do 5G será preciso ter um celular compatível com a tecnologia. Até o mês passado, a Anatel tinha uma lista com cerca de 60 modelos de aparelhos homologados. Porém, a tendência é que com o tempo todos incorporem a compatibilidade. O 4G, assim como as demais conexões 3G e 2G, não deixarão de funcionar, portanto não há a necessidade de trocar de aparelho para continuar usando a internet.
Veja abaixo o cronograma completo da Anatel para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes:
29 de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB (ou antena) a cada 100 mil habitantes
31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB (ou antena) a cada 50 mil habitantes
31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB (ou antena) a cada 30 mil habitantes
31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB (ou antena) a cada 10 mil habitantes
31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB (ou antena) a cada 15 mil habitantes
31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB (ou antena) a cada 15 mil habitantes
31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB (ou antena) a cada 15 mil habitantes
31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB (ou antena) a cada 15 mil habitantes
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