Balanço patrimonial: o termômetro da saúde financeira da sua empresa

           

         O balanço patrimonial é um relatório contábil que descreve a situação econômica de uma empresa ao fim de um determinado período – que, geralmente, é de um ano. Trata-se de um levantamento completo de todos os ativos e passivos de um negócio. Ou seja: seus bens, direitos, dívidas, lucros e as fontes de recursos e investimentos. 

         Quando esses itens estão organizados de forma clara, fica mais fácil identificar o momento em que a empresa vive e compreender o trajeto dos recursos financeiros da empresa. Com isso, os dados que compõem o balanço patrimonial permitem fazer diferentes análises, como, por exemplo:

  • se a empresa vai conseguir quitar em dia os compromissos assumidos;
  • qual é o comportamento financeiro do negócio;
  • se a empresa está gerando lucro;
  • se é uma boa hora para investir ou se é mais prudente reter gastos;
  • quais são os tributos devidos. 

         Além disso, tais informações podem ajudar na elaboração do planejamento estratégico e do planejamento tributário e na tomada de decisões mais assertivas.

         O balanço patrimonial é, portanto, o demonstrativo financeiro mais importante de um negócio, pois ajuda a manter em dia a saúde financeira da empresa. 

         Além disso, trata-se de uma das obrigações fiscais e contábeis do empreendedor e, por isso, o documento deve ser elaborado todos os anos. A legislação tributária brasileira determina que todos os fatos contábeis e financeiros de uma empresa devem ser registrados de forma obrigatória e apresentados ao fim de cada exercício social (ano). A única exceção para a não elaboração do Balanço Patrimonial, é para o microempreendedor individual (MEI), que tem uma escrituração contábil ainda mais simplificada.

         A estrutura básica de um balanço patrimonial

         O balanço reúne as três principais informações do negócio: 

  • os ativos;
  • os passivos;
  • o patrimônio líquido.

         O ativo é tudo aquilo que pode gerar algum valor econômico, como bens (máquinas, veículos e móveis, por exemplo), direitos e contas a receber. Já o passivo representa justamente o contrário. São todas as despesas e dívidas da empresa, como salários e contas mensais, por exemplo.

         Na estrutura do balanço patrimonial, os ativos e passivos são agrupados em colunas diferentes para facilitar a leitura e a análise do relatório. Além disso, cada um se desmembra em duas classificações. 

         Os ativos são separados em ativos circulantes e ativos não circulantes. O circulante inclui bens e direitos que podem se transformar em valores em menos de um ano, como é o caso das contas a receber e dos tributos a serem recuperados, por exemplo. O não circulante envolve bens e direitos que precisam de mais de um ano para se transformarem em valores, como os investimentos.

         Os passivos, por sua vez, também se dividem da mesma forma. O passivo circulante são todas as dívidas e despesas que possuem prazo de vencimento inferior a um ano, como são os impostos, por exemplo. Já o passivo não-circulante são todas as dívidas e despesas com prazo de vencimento superior a um ano, como empréstimos de longo prazo.

         O patrimônio líquido, por sua vez, representa a soma de todos os recursos próprios da empresa ao fim do período em questão. 

         Na prática, o ideal é que haja um equilíbrio entre o ativo e o passivo, o que vai refletir diretamente no patrimônio líquido. É por isso que o balanço patrimonial é considerado um termômetro do negócio. Se não houver equilíbrio, os gestores podem se basear no próprio relatório para adotar medidas e estratégias e corrigir os erros de percurso.

         E se a empresa descumprir a obrigação?

         A entrega do balanço patrimonial é obrigatório para as empresas e o descumprimento dessas obrigações gera transtornos aos empreendedores. A empresa pode, por exemplo, ficar impedida de requerer recuperação judicial e de utilizar os dados fiscais e contábeis como argumento de defesa em casos de processos tributários, ou, então, não conseguirá dividir entre os sócios os lucros acima da presunção, entre outros.

         Como é possível perceber, o balanço social possui uma grande importância para os negócios, mas a sua elaboração pode ser muito trabalhosa e burocrática para o empreendedor. Por isso, o ideal é sempre contar com o auxílio de um profissional habilitado para não só ajudar na sua construção, como também evitar erros contábeis que possam vir a prejudicar a empresa. E nós, da Orsitec, estamos à disposição para acompanhar todas as etapas do processo do balanço patrimonial do seu negócio.