Empresas devem se preparar para os gastos de final de ano

      

Para quem é trabalhador, o fim de ano é sempre prenúncio de boas expectativas: férias, recesso, 13º salário, brindes e festa com os colegas. Mas para quem está do outro lado do balcão – no caso, as empresas -, o período é sinônimo de despesas. A folha de pagamento tem um aumento significativo nesta época do ano e o faturamento logo sente os efeitos desse período.

Por isso, é preciso se preparar antecipadamente e organizar as contas para evitar que a empresa acabe dando um passo maior do que é possível e acabe comprometendo o caixa já na largada de 2022. 

Neste post vamos mostrar os principais gastos de fim de ano sob a perspectiva das empresas e o que os gestores podem fazer para driblar os riscos e aproveitar o recesso de forma mais planejada e tranquila.

Principais gastos de final de ano da empresa

Quando o ano chega ao fim, as empresas se deparam com a chegada das despesas extras se acumulando com os gastos da rotina financeira mensal. 

Mas ao mesmo tempo que são extras, esses gastos também são previstos – o que dá para fazer ao longo do ano. Os principais são:

13º salário

Uma das principais responsabilidades do fim do ano é o 13º salário dos colaboradores. O valor do 13º corresponde ao salário de um mês trabalhado na empresa, acrescido dos encargos trabalhistas oriundos deste pagamento, como horas extras, adicionais noturnos, bônus e comissões.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas e o ideal é que as empresas já prevejam essa despesa no primeiro mês do ano. Assim, é possível ir guardando um pouco do valor total a cada mês. 

Pagamento das férias

A legislação trabalhista determina que, a cada 12 meses trabalhados, o colaborador CLT tem direito a um período de descanso anual sem prejuízo de remuneração. As férias representam o pagamento de um terço do salário, acrescido ao salário normal de cada mês. Se um colaborador recebe R$ 1.500 por mês, por exemplo, ele deve ganhar R$ 2.000 antes de sair de férias.

Esse é o cálculo das férias padrão, de 30 dias corridos. No entanto, o colaborador e a empresa também podem acordar outras alternativas, dividindo este tempo em mais de um período – as férias parcerias. Além disso, podem também optar por vender um terço das férias ou adicionar esse valor com o adiantamento do 13º salário. 

Na prática, as férias dos colaboradores exigem muita organização do empreendedor. Não só de mão de obra e remanejamento, mas também financeira. Afinal, essa despesa de antecipação do salário precisa ser prevista ao longo de todo o ano, mas, principalmente, nas proximidades de dezembro, quando a maioria dos funcionários começa a tirar férias. 

O mesmo acontece para as empresas que optam pelas férias coletivas. No caso, é preciso lembrar que o pagamento de um terço deve ser feito a todos os funcionários de uma só vez. Então, leve isso em consideração na hora de optar pelo formato das férias da empresa.

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é a divisão do resultado positivo de um período da empresa entre todos os funcionários. A periodicidade desses pagamentos pode ser semestral ou anual. É importante, no entanto, que as empresas definam metas tangíveis para a distribuição de dividendos e também que os colaboradores conheçam os critérios que a determinam, para evitar que seja penalizada ou notificada pela Delegacia Regional do Trabalho.

Muitos especialistas consideram a PLR uma boa estratégia para aumentar a produtividade, pois ela se torna um atrativo para o colaborador. No caso, ele deixa de enxergar a empresa como um mero local onde aparece para bater ponto e garantir o salário. No lugar disso, ele passa a se perceber como uma peça fundamental para aquele ambiente.

Benefícios extras

Algumas empresas também costumam realizar festas e confraternizações de fim de ano e presentear seus colaboradores com brindes, kits de Natal ou cestas básicas. Outras, ainda, fazem questão de enviar lembranças também para alguns clientes mais relevantes. 

Para tudo isso, no entanto, é preciso planejamento para evitar que a empresa acabe dando um passo maior do que é possível.

Como as empresas devem se organizar?

Mas com tantas despesas extras no fim de ano, como evitar que elas desequilibrem as contas e levem as empresas a entrar o ano novo no vermelho? 

Antes de tudo, faça o balanço financeiro. Com os números em mãos, garanta as obrigações financeiras mensais para, depois, verificar as sobras. São elas que irão cobrir as despesas extras.

Com o valor das sobras, faça uma nova lista de prioridades e procure cumpri-las na ordem definida. Em cada uma, procure economizar o máximo possível. Aproveite para revisar os contratos com fornecedores e também revender equipamentos subutilizados. 

Se for o caso, opte por deixar as comemorações corporativas passarem em branco. Ao fim do segundo ano de pandemia, nem todo mundo já conseguiu recuperar as contas e é normal que cada negócio siga um ritmo diferente. Coloque-se no lugar do colaborador: ele prefere garantir a vaga de trabalho do que arriscar o emprego com uma lembrança de fim de ano.

Em último caso, use a reserva financeira. Mas se a empresa ainda não tiver esse caixa, já se organize para 2022. A reserva financeira é sempre importante para lidar com emergências e com demandas extraordinárias e previstas, como o 13º salário. 

Além disso, não esqueça de mirar também as despesas de janeiro. Por isso, prepare o fluxo de caixa antes do ano acabar para evitar surpresas depois que o ano virar. Assim, quando todos voltarem de férias, o caixa estará garantido para o pagamento dos salários e benefícios dos colaboradores.

A contabilidade pode auxiliar – e muito – a tornar todo esse momento menos doloroso. Nós, da Orsitec, somos parceiros de todos os nossos clientes, ajudando cada um a enfrentar esse período dentro das próprias possibilidades e apontando às empresas as melhores opções e estratégias para organizar os gastos e também as metas. Faça contato!