O que acontece nas minhas finanças e negócios com a queda da taxa SELIC para 4,25%?

Acontece muita coisa, principalmente para quem estava acostumado com uma taxa SELIC com média de 14% há pouco tempo atrás. Sim, é muita diferença! Mas na prática o que realmente muda?

Para os EMPREENDEDORES é só alegria! Uma taxa de juros baixa possibilita facilidades na hora de buscar recursos para investir no seu negócio ou em novos projetos. O mercado começa a movimentar-se mais, novos empregos, mais renda, mais consumo. 

Já para os chamados RENTISTAS (aqueles que vivem exclusivamente de renda), a coisa complicou um pouco, principalmente para aqueles que têm a sua geração de renda em investimentos financeiros e são mais conservadores. Estes precisarão se reinventar, ou melhor, criar coragem para aprender a operar com mais adrenalina no mercado financeiro. 

Com esse cenário de juros baixos, não só o rentista, mas também aquele que sempre procurou ter um saldo em banco precisa ficar atento, pois a poupança passará a dar prejuízo se comparada com a inflação. No perfil conservador temos ainda vários outros papéis de renda fixa, como  tesouro direto, CDB, LCI, LCA e debêntures…. Mas é preciso atenção, pois um CDB com taxa inferior a 100% do CDI possivelmente não será um bom negócio. 

Mas, aí vem a pergunta: como vou ter prejuízo com uma aplicação que terá rendimentos mensais, mesmo que estes sejam baixos? É o efeito da inflação! Você não verá o valor do seu investimento baixar, o que irá acontecer é que seu dinheiro perderá o poder de compra, pois a inflação provavelmente terá uma taxa superior ao seu rendimento nestas aplicações.

Por isso, AGORA é hora de aprender a fazer INVESTIMENTOS FINANCEIROS!

Para quem já está nesse caminho, tem investimentos financeiros, e quer continuar a ter ganhos superiores ao da inflação é preciso arriscar um pouco mais. Subir um degrau no perfil de investidor e passar a pelo menos ter um “PERFIL MODERADO”. E neste caso, tem muita coisa para aprender e para arriscar. Fundos multimercado, fundos de investimentos em ações e fundos imobiliários, são opções até partir para o mercado variável, operando na compra e venda de ações.

Vale aqui lembrar a regra “máxima” de todo investidor, a RESERVA DE EMERGÊNCIA. Você pode ficar um pouco mais ousado no mercado financeiro, mas lembre-se de reservar um percentual do seu investimento para aplicações mais conservadoras e com liquidez (disponibilidade imediata) para os possíveis imprevistos. Feita essa reserva, você pode começar a se aventurar. 

Para iniciar, ou você conta com especialistas para ajudá-lo nesta empreitada, ou cai nos estudos para aprender como funciona este mundo. Investir no mercado financeiro é algo possível para todos, existem opções de investimentos com um valor mínimo de aplicação baixo, o que precisamos é criar esta cultura e estar disposto a estudar sobre o assunto. 

Quem sabe seguindo a onda dos bancos digitais, pois muitos deles oferecem várias opções de investimentos sem a cobrança de taxas. Há também várias corretoras que oferecem assessoria e conteúdo para iniciar os investimentos sem custo.

O empurrão veio com a queda da taxa de juros e o que não falta é conteúdo para seguir nessa onda. As opções estão aí e todo sucesso tem sua dose de risco, seja empreendendo ou iniciando no mercado financeiro, o importante é não parar de se superar, de sonhar, de aprender e reaprender!

 

Fonte: Emanuela de Melo – ORSITEC

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Por João Victor Silva, analista de mercado da Orsitec, formado em Relações Internacionais e Economia pela Boston University, nos Estados Unidos. O Brasil é o país das oportunidades perdidas. Temos uma riqueza mineral e biológica inestimável, um vasto território e uma...