Criptomoedas: o que são e quais cuidados tomar para não cair em fraudes

      

Em 2017, o Bitcoin registrou um crescimento que superou os 1.300%, alcançando, em dezembro, o valor de R$ 48,2 mil. O termo, que até então era pouco conhecido no mundo, logo ganhou as manchetes dos jornais do mundo inteiro e se tornou o assunto mais comentado do mercado global. A partir disso, os olhos do mundo se voltaram para essa nova forma de investir em que o Bitcoin está inserido: as criptomoedas.

As criptomoedas sempre cresceram de forma bastante acelerada e, por isso, passaram a chamar cada vez mais atenção. Havia ali mais do que só a valorização, muitas vezes, milionária. As moedas digitais, aos poucos, foram mostrando um alto potencial de revolucionar todo o universo das finanças. 

Todo esse interesse em torno das criptomoedas, no entanto, se estendeu também para o crime e passou a atrair muitos malfeitores que viram nelas uma nova oportunidade para aplicar golpes. Só em 2020, por exemplo, 38 incidentes de hackers ou fraudes envolvendo moedas digitais foram registrados no mundo, uma quantidade 40,7% maior em relação ao ano anterior. 

Já em 2021, esse impacto pode ser ainda maior. Um estudo realizado pela Crypto Head, empresa que rastreia informações do mercado de criptomoedas, aponta que as fraudes se encaminham para um número recorde: 32 casos de fraude já foram registrados até agora, com uma quantia desviada que já soma US$ 2,99 bilhões. 

Por isso, antes de dar os primeiros passos no mundo das criptomoedas, é importante primeiro conhecer como esse mercado funciona. Afinal, só mesmo com uma boa compreensão é possível evitar golpes e perda de capital.

O que são criptomoedas?

Criptomoedas são um tipo de dinheiro que não existe fisicamente. São moedas virtuais que circulam e são negociadas apenas no ambiente digital. Elas não se confundem com cartões de crédito e transações online que, embora também não envolvam cédulas, dependem do valor que existe na conta bancária.

Além disso, as criptomoedas são totalmente descentralizadas e, portanto, não dependem do governo ou do Banco Central para serem emitidas ou negociadas, como acontece com o real, o dólar ou o euro, por exemplo, fazendo com que sejam imunes à interferência ou manipulação do governo. Na prática, isso significa que é possível transferir fundos de uma pessoa para outra, em qualquer parte do mundo, sem precisar da mediação de um terceiro para isso. 

De uma forma mais simples, o Bitcoin representa para o dinheiro o mesmo que o e-mail representou para o envio de informações e documentos no passado, quando as pessoas ainda dependiam dos Correios para se comunicar com quem estivesse em outro lugar. Esta analogia, feita pelo administrador Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: a moeda na era digital, mostra essa realidade muito bem: era preciso um intermediário para entregar esta mensagem fisicamente.

As criptomoedas também possuem este nome porque usam de criptografia para validar as transações realizadas, suas informações e os dados de quem transaciona. A criptografia é uma camada de segurança online que dificulta bastante qualquer tipo de fraude, pois embaralha todas as informações envolvendo aquela transação. Assim, somente quem tem o código – ou, no caso, a chave – consegue decifrá-la. 

É este método que torna o investimento em criptomoeda totalmente seguro. As fraudes que afetam as moedas digitais, no entanto, têm outra natureza. E é aí que os investidores precisam ficar atentos.

Como não cair em fraudes envolvendo criptomoedas

A maioria das fraudes envolvendo criptomoedas diz respeito à falta de informação. Quem ainda é leigo no assunto está mais suscetível aos golpes justamente porque acaba acreditando em promessas de dinheiro fácil ou ganhos exorbitantes – que é justamente o tipo de ação mais comum praticada pelos golpistas. Eles costumam chamar a atenção da vítima com um bom investimento – e, inclusive, apresentando números que comprovam isso -, enquanto, na verdade, estão apenas usando o conceito para cometer fraudes.

A primeira dica, portanto, serve para as criptomoedas e também para qualquer outro tipo de investimento: nenhum deles vai fazer alguém ficar rico da noite para o dia. As moedas digitais, por exemplo, não são lineares e não oferecem lucros altos e constantes, pelo contrário. Elas sofrem oscilações, tal qual acontece com o mercado de ações. Por isso, tenha muita cautela com anúncios que prometem retorno rápido ou qualquer tipo de garantia de boa rentabilidade. 

Além disso, comece adquirindo criptomoedas mais conhecidas e negociadas no mercado atualmente, como o  bitcoin e o ethereum, por exemplo. Isso ajuda a dar segurança nos primeiros passos dentro desse novo ambiente. E caso você se sinta inseguro sobre uma nova moeda digital a ser lançada, redobre a atenção.

Também pesquise a respeito das corretoras de criptomoedas, que são plataformas eletrônicas que facilitam a compra, a venda e a troca de moedas digitais por meio da conexão entre compradores e vendedores – semelhantes ao que fazem as corretoras de valores. No entanto, nem sempre elas existem, de fato. 

Outros cuidados do dia a dia

Outras questões importantes a serem avaliadas durante o processo de compra e mineração de criptomoedas também envolvem a própria segurança de informações na internet. Por exemplo:

  • evite clicar em links desconhecidos que chegam por e-mail ou por mensagens privadas via rede social, principalmente quando eles anunciam ofertas muito boas (que podem ser falsas);
  • nunca forneça seus dados pessoais para sites e plataformas digitais que você desconheça ou não está acostumado a usar;
  • não compre criptomoedas antes de analisá-las melhor para conferir se ela realmente existe;
  • utilize antivírus no celular e no computador, o que também ajuda a proteger o usuário de acessos perigosos na internet;
  • faça compras nas principais plataformas de vendas do ativo e evite sites desconhecidos.

Assim como já aconteceu no passado, as criptomoedas continuam a ter todo o potencial de ser um bom investimento. No entanto, é importante não apostar todas as fichas nesse rendimento e acabar indo com muita sede ao pote. E, se precisar, conte com a gente, aqui da Orsitec, para auxiliar nesse processo!

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